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terça-feira, 24 de maio de 2011


O Chamado de Deus


Em 1Tessalonicenses 5.24 temos a informação de que o chamado vem de Deus. Mas, o que significa esse chamado? Para que Deus nos chamou?

Na mesma carta, em 2.12, lemos que fomos chamados para o seu reino e glória. Assim, se você foi chamado para viver no reino de Deus, foi ele quem o capacitou; foi ele quem lhe colocou no caminho que ele mesmo estabeleceu. Só podemos ir até Deus se ele nos chamar e conduzir conforme o seu meio que é o sangue do libertador, seu Filho unigênito, nosso Senhor Jesus Cristo. Somente a obra de Cristo é suficiente para nos justificar (Rm 8.30).

O chamado de Deus é também um chamado para a vida. Por isso, quando você ler o verbo “chamar” ou o substantivo “chamado” no Novo Testamento, lembre-se de que o termo aponta, muitas vezes, para o privilégio de sair de um estado de trevas e morte e vir para a luz.

Um exemplo claro se encontra no chamado de Jesus à Lázaro, quando o ressuscitou da morte. Jesus ordenou que abrissem o sepulcro e chamou: “Lázaro, vem para fora!“. Naquele momento, tal chamado pareceu sensato? Ora, a ordem só pareceria sensata se Lázaro estivesse vivo. Assim, Jesus teve de restaurar todo o vigor do corpo e prover a revitalização de todas as células. O sangue de Lázaro tornou a correr em suas veias, sendo bombeado pelo coração que voltou a bater sob o comando do cérebro restaurado. Lázaro, enfim, voltou a ser um homem vivo e, sendo agora capaz de ouvir, atendeu e saiu do túmulo!

Isso ilustra o significado do chamado de Deus. Vê-se aí que só ele pode chamar “eficazmente”. E Deus não chama assim sem antes transformar. Se não for desse modo, o chamado será sempre sem resposta. Uma vez que Deus é sábio e não louco, é assim que ele garante que seu chamado tenha resposta positiva.

Para que Deus nos chamou? A resposta está em textos como 1Ts 2.12; 2Ts 2.14; 1Pe 5.10 e 2Pe 1.3. Esses versículos ensinam, entre outras coisas, que ele nos chamou para a sua eterna glória. Como entender essa glória? Leia João 17.22. Aqui temos doutrinas profundas. Afinal, quando o Deus Filho dialoga com o Deus Pai, o que colhemos disso? Só doutrinas maravilhosas e eternas!

Jesus diz, no texto de João, que ele nos deu a glória que o Pai havia lhe dado. Creio que o Senhor não fala aqui da sua glória eterna, pois ele a compartilha com o Pai desde a eternidade. A glória a que se refere aqui, porém, é dada a ele pelo Pai. De que consiste essa glória? Creio firmemente que se trata da relação especial com Deus que se torna nossa pela ação especial do Espírito Santo.

No jardim do Éden, Adão tinha um relacionamento perfeito com Deus e isso era uma glória. Porém, Adão podia pecar como, de fato, pecou e estragou tudo. Assim, a glória de um relacionamento perfeito com Deus se foi. Quando Jesus encarnou, ele se tornou o segundo Adão. Acredito que o relacionamento especial que Jesus encarnado teve com o Pai foi uma glória de que ele não havia ainda desfrutado, posto que nunca antes provara essa condição. Foi para essa glória que fomos chamados: a glória de um relacionamento especial com Deus pela ação do Espírito Santo. Sim, pois o relacionamento com o Pai é intermediado pelo Espírito Santo que habita em nós graças à obra realizada pelo Filho. Esse relacionamento com Deus é basicamente adoração em espírito e em verdade.

Queridos, o chamado é de Deus! Ele é fiel e sua ação fiel fará a obra graciosa de santificação em nós. Se você foi chamado, então pode experimentar agora a santidade que viverá na eternidade.

Pr. Carlos Nagaoka
IBR Japão
Soli Deo gloria

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